Meu filho não me ama: e agora?

Problemas familiares são frequentes, especialmente complicações de relacionamento entre pais e filhos, tanto na infância como na adolescência. Lidar com essas situações de maneira correta é essencial para evitar um desenvolvimento dramático que pode, no futuro, refletir na vida adulta.

Neste post, falaremos sobre o relacionamento entre pais e filhos, de modo a compreender as origens dos problemas de relacionamentos e propor soluções sistêmicas. Confira:

Sinais que costumam ser interpretados como “falta de amor”

O que é “falta de amor”? O que significa dizer que “meu filho não me ama”? As respostas para essas perguntas são totalmente subjetivas. Não existe nenhum elemento objetivo que nos permita identificar ou não o amor, até porque cada pessoa manifesta-o de uma forma muito particular.

No entanto, discussões constantes são barreiras que impedem o relacionamento. Essa percepção costuma ocorrer a partir de mudanças bruscas de comportamento ou da presença de agressividade da parte dos filhos para os pais.

Outro sinal é o isolamento. Filhos que se trancam no quarto e buscam ausentar-se por completo do convívio familiar, podem estar com problemas emocionais que necessitam ser tratados.

Se você está enfrentando situações constantes de desentendimentos, cobranças e respostas agressivas, a primeira coisa que se deve entender é que existe uma incapacidade de se relacionar harmoniosamente. Os sentimentos de raiva, na maioria das vezes, representam insatisfação pelos resultados que vêm conquistando em sua vida.

Os filhos, então, direcionam aos pais cobranças pela impotência em lidar com desafios, quer sejam eles familiares ou em outros grupos de relacionamento. As relações familiares são mais profundas e permite, na maioria das vezes, manifestar cargas emocionais que não são compreendidas em outros grupos. Portanto, acalme-se e siga as dicas que deixaremos no decorrer do artigo.

A segurança do filho é consequência de uma relação sólida e reconhecida entre pai e mãe. Reconhecer significa aceitar o lugar e a importância de cada um como parte do casal, mesmo que os pais vivam separados. Quando este lugar não é reconhecido, o filho pode vir a sentir raiva de um ou do outro, mesmo que não tenha consciência da razão dos seus sentimentos.

Em processo de desenvolvimento natural, o filho sente a proteção amorosa da mãe. Já a força para enfrentar os desafios do mundo vem da conexão com o pai.

Mudança de perspectiva e atitude

É importante permitir que o filho viva a sua relação com cada progenitor sem interferências. A experiência, por exemplo, de dentro do relacionamento com o pai e ouvir NÃO’s, é essencial para aprender que a vida nem sempre trará o aconchego do colo materno.

Receber as coisas da mãe é bom e natural, mas responsabilizar-se por tarefas e contribuir para os objetivos familiares também significa pertencimento. As negociações permitem valorizar as conquistas, por isso é importante manter um lar com regras, como qualquer outro grupo de relacionamento.

Seguir as regras é desenvolver a consciência do seu lugar na família e aprender a viver em sociedade. Respeitar a autoridade dos pais é uma forma de reconhecer as conquistas de cada um. Desse modo, a cobrança se torna aceitação e responsabilidade para evoluir e receber o que é de direito.

Como lidar na prática

Além da mudança de atitude, outras ações podem ser tomadas na prática. É importante, antes de qualquer coisa, realizar uma análise da consciência e um diagnóstico da realidade específica do relacionamento entre pai, mãe e filhos. Em seguida, outras atitudes serão de grande ajuda:

Encontrando a raiz

Todo problema tem uma raiz. Dificuldades de relacionamento não surgem sem motivo ou algum tipo de “iniciador” do caos. Por isso, para resolver o problema é importante encontrar sua fonte.

No caso do relacionamento entre pais e filhos, a origem pode estar no comportamento do pai ou da mãe, cargas emocionais que trazem da infância, na ausência de comunicação assertiva, na falta de experiência dos pais e, até mesmo, em padrões que se arrastam através da genealogia.

O bom e velho diálogo

Manifestar o amor e expor verbalmente o desejo de resolver os conflitos, acolhendo as dificuldades apresentadas e buscando por soluções que respeitem as necessidades e o lugar de cada um é primordial na resolução de conflitos. Um exemplo de frase que manifesta essa atitude: “Nós amamos você. Você faz parte da nossa família e não sabemos como resolver isso, mas juntos podemos buscar por soluções.”

Confiança

A confiança é um pilar importantíssimo para gerar harmonia no seio familiar. Demonstrá-la é essencial, pois pais inseguros geram filhos que cobram excessivamente. Pais que demonstram força, inclusive na maneira de falar, formam filhos mais seguros. Na prática, deve ocorrer acolhimento, análise e busca de soluções diante de situações específicas.

Gere leveza e positividade

Problemas devem ser encarados, mas não podemos permitir que os mesmos consumam nossas vidas. Por isso, ainda que as dificuldades de relacionamento causem preocupação, é preciso saber viver a vida sem que tal preocupação afete outras áreas.

Por isso, encare a situação com leveza, acreditando que tudo vai ficar bem. No momento em que a mente começar a martelar sobre o problema, afirme para si mesmo: “Isso vai passar”.

Rompendo com padrões familiares de rejeição

Todos nós trazemos comportamentos atuais que são, em certa medida, reflexo daquilo que nós ou nossos antepassados enfrentaram no passado. Isso significa que problemas de relacionamento podem representar vínculos inconscientes com o passado.

É preciso, portanto, liberar vínculos, crenças limitantes e comportamentos sistêmicos, possibilitando a evolução dos membros da família. Nós só podemos alcançar a felicidade quando sentimo-nos livres de prisões afetivas, emocionais e psicológicas que nos prendem ao passado ou que nos fazem repetir os mesmos erros das pessoas de outras gerações.

Para isso, é importante seguir três passos:

  1. Entender que cada pessoa tem o seu lugar na família, e este lugar precisa ser respeitado e garantido. Quando um dos membros se ausenta por morte ou separação o seu lugar é reconhecido para que haja harmonia. Isso evita que um filho ou filha assuma as responsabilidades daquele que se ausentou;
  2. Todos pertencem à família. Cada um tem um lugar que lhe confere direitos e deveres;
  3. Dentro do sistema familiar marido e esposa são iguais. Existe um equilíbrio nesta relação. Os filhos são sempre menores que os pais.  Entre os irmãos, respeita-se a ordem de precedência no sistema.

Esses três passos são um resumo das três ordens da Constelação Familiar: a lei da ordem, do pertencimento e do equilíbrio, respectivamente.

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