Vícios: como romper com a prática de vícios que se estendem por gerações?

A temática dos vícios está presente em diversas literaturas nas mais variadas culturas. Desde Sócrates, passando pelo cristianismo, islamismo, hinduísmo, budismo ou, mais contemporaneamente, nos programas de desenvolvimento humano. Ainda que historicamente presente em diversas expressões da cultura, a maioria das pessoas não consegue deter-se diante de seus vícios e traçar estratégias para vencê-los.

Neste post, iremos responder algumas questões relacionadas ao assunto, bem como daremos um panorama de como os vícios são encarados pela Constelação Familiar.

O que é vício?

A palavra vício é uma derivação da expressão latina vitrium que, por sua vez, significa “falha” ou “defeito”. Em seu sentido literal, no entanto, podemos definir o vício como um hábito repetitivo que causa algum tipo de prejuízo para o sujeito ou as pessoas ao redor.

Nem todo hábito repetitivo é um vício. Partindo da nossa definição, podemos depararmo-nos com hábitos repetitivos que causam efeitos positivos na vida das pessoas. Uma pessoa caridosa, por exemplo, e que exerce isso com certa constância, não está enfrentando um vício, mas sim uma virtude.

A virtude é, portanto, o antídoto natural do vício. Uma pessoa virtuosa experimenta desprazeres em um primeiro momento, mas em seguida pode ter momentos de alegria ou um prazer ainda mais profundo. É o caso do trabalho, por exemplo, que em um primeiro momento pode exigir renúncias e disciplinas, mas com o tempo representa uma oportunidade de crescimento para os sujeitos.

Vícios têm cura?

Uma pessoa com um vício em álcool ou drogas, com certeza prova de dissabores em sua vida e causam reflexos negativos para os demais que a cercam. Uma característica comum ao viciado é não conseguir deixar o vício, ainda que tente enganar a si mesmo do contrário.

Portanto, podemos falar de cura de vícios, desde que entendamos o real sentido dessa palavra. Cura não significa um ato miraculoso, mas sim um processo. Alguém com câncer, por exemplo, pode passar por anos de tratamento até ver-se livre da doença. A cura é exatamente o processo.

Na questão dos vícios, existe cura sim, ou seja, existe um processo a ser seguido para que uma pessoa sinta-se livre. Cada ciência ou metodologia dará um caminho diferente para resolver o vício.

A psicologia ou psicanálise, por exemplo, podem sugerir terapia. Grupos de apoio podem sugerir a frequência a terapias em grupo, como os alcoólicos anônimos. A religião aponta a espiritualidade como um caminho possível.

Não é diferente com a Constelação Familiar. Na metodologia, também existe espaço para tratar sobre o assunto. Falaremos disso mais adiante.

Os vícios mais comuns

A lista de vícios é imensa. O ser humano consegue transformar atos simples, que deveriam fazer parte do cotidiano normal de qualquer pessoa, em vicios profundamente arraigados. É o caso da compulsão por comida. Alimentar-se é algo natural, e está presente na vida de todos. No entanto, existem pessoas que não conseguem estabelecer um equilíbrio e, por isso, acabam desenvolvendo um vício.

Alguns dos vícios mais comuns são:

  • Drogas e bebidas lícitas;
  • Drogas ilícitas;
  • Trabalho;
  • Jogos de azar;
  • Pornografia;
  • Sexo;
  • Medicamentos;
  • Aparelhos tecnológicos;
  • entre outros.

Principais causas dos vícios

Antes de pensarmos em caminhos para libertar-se dos vícios, é essencial mapearmos e identificarmos as raízes dos vícios, pois conhecendo a causa é muito mais fácil encarar e vencer o problema.

As respostas para “de onde vem os vícios?” são diversas e, mais uma vez, cada ciência ou área do conhecimento fornecerá respostas diferentes. No ramo da biologia, existem investigações que apontam que os vícios podem ter origem genética.

A psicologia assume a possibilidade de transtornos psicológicos como causadores dos vícios, ou ainda questões relacionadas à personalidade ou traumas da infância. Questões familiares e de criação, amizades, fatores ambientais, culturais e econômicos também representam uma grande influência no desenvolvimento ou não de práticas de vício.

Como a Constelação Familiar encara os vícios

A Constelação Familiar também conta com uma visão particular sobre os vícios. Bert Hellinger destaca o papel do pai na vida das pessoas: a ausência paterna pode gerar uma incompletude que desabrochará em vícios.

Em resumo, a visão sistêmica compreende que cada indivíduo faz parte de uma grande teia, ou seja, cada um de nós está de algum modo conectado com a vida dos familiares e os acontecimentos do contexto de cada um.

Pode ocorrer, por exemplo, de a mãe construir uma imagem negativa do pai para os filhos, que crescerão buscando afastar-se interiormente da figura paterna. No decorrer da vida, buscarão suprir a ausência paterna com outras coisas, e é aqui que os vícios começam a desenvolver-se.

Um vício pode arrastar-se pela genealogia de pessoas por causa de antepassados que foram excluídos do sistema por serem viciados de alguma forma. A ordem do amor foi afetada e está em desequilíbrio.

Como vencer os vícios

Para ver-se livre dos vícios, é preciso atacar as causas. Em um atendimento de Constelação Familiar, por exemplo, são identificados os emaranhados no sistema que estão permitindo que o vício se perpetue na genealogia:

Eu aceito minha história. Eu aceito meus antepassados. Cada um dos meus antepassados são amados e fazem parte do meu sistema.

Além disso, é muito importante buscar um caminho de restauração do relacionamento entre filhos e pais, aceitando tudo aquilo que ocorreu na história familiar:

Pai, eu aceito o que recebi de você. Meu maior presente foi a vida. Você fez o que podia, assim me permito seguir.

Mãe, do seu encontro com meu pai eu recebi o meu lugar. Agradeço pela nossa família. Esta é a família certa para mim.

É importante, especialmente dentro de um processo de cura dos vícios, não cair no erro do reducionismo. Nenhuma metodologia deve ser entendida como a única solução para os problemas relacionados ao vício.

Por isso, se você deseja ver-se livre de vícios e compulsões, experimente combinar diversas metodologias. Por exemplo, passar por atendimentos de Constelação Familiar sem deixar de lado o acompanhamento médico e psicológico.

Conte com a Constelação Familiar

O Instituto EMSI oferece atendimentos de Constelação Familiar. Nesses atendimentos, o constelado pode expor problemas e situações de forma livre e sincera e, a partir daí, ser orientado em um caminho de resolução através de técnicas específicas, auxiliando nos processos de evolução, liberando vínculos, crenças limitantes e comportamentos sistêmicos.

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