O que é Constelação Familiar? Tire todas as suas dúvidas

constelação familiar

Você já ouviu falar em Constelação Familiar? Principalmente no cenário pandêmico e pós-pandêmico, onde as pessoas estão tendo de enfrentar seus conflitos interiores pessoais, cresce a procura por métodos que as façam sentir-se mais adequadas à vida, satisfeitas e felizes.

A Constelação Familiar surge como uma das tantas possibilidades que conduzem pessoas de todo mundo ao autoconhecimento e desenvolvimento humano.

Embora a metodologia difira de formas convencionais de psicoterapias cognitivas, comportamentais ou psicodinâmicas, ela reúne em suas bases diversas teorias científicas e comportamentais.

Desde 2018, a prática da Constelação Familiar foi reconhecida pelo Ministério da Saúde no SUS, como parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Além disso, também é utilizada como apoio para conciliação de processos judiciais, especialmente nas Varas de Família.

O que é Constelação Familiar?

De forma resumida, podemos dizer que a Constelação Familiar é um método que estuda os padrões de comportamento de grupos familiares através de suas gerações.

Na visão da Constelação, todos nós trazemos comportamentos atuais que são, em certa medida, reflexo daquilo que nós ou nossos antepassados enfrentaram no passado.

A metodologia nos permite entender a razão pela qual não obtemos resultados positivos em diversas áreas da vida.

Como funciona a constelação familiar?

Os atendimentos de Constelação Familiar costumam ser realizados através de técnicas de dramatização, que simulam o Sistema Familiar da pessoa que passa pelo atendimento, também chamada de Constelado(a). Essa simulação se dá através de bonecos ou, até mesmo, de pessoas reais.

Durante as sessões, são recriadas situações que, de alguma maneira, retratam o Sistema Familiar, ou seja, as ligações afetivas, emocionais e psicológicas que o constelado(a) tem com os membros do seu sistema.

Por meio dessas cenas, o Constelador(a) consegue identificar os sentimentos e emoções que ligam o Constelado(a) ao seu sistema, trazendo à luz as origens de medos, inseguranças, vícios, dificuldades de relacionamento e ciclos de erros que vão se arrastando pela hereditariedade das pessoas.

A técnica é subjetiva e, portanto, muitos recusam chamá-la de terapia. A origem remonta ao filósofo, teólogo e pesquisador Bert Hellinger (1925-2019), que teve profundos contatos com tribos zulus, onde a figura dos sistemas familiares estava fortemente impregnada na cultura, influenciando em sua percepção sobre o papel dos sistemas familiares na vida das pessoas.

Seria impróprio chamá-lo de inventor da Constelação Familiar, na verdade, ele apenas reproduziu leis e percepções que são comuns a diversos sistemas e culturas.

As leis da Constelação, que aprofundaremos nos tópicos a seguir, são o reflexo da sabedoria milenar presente em diversas religiões, tais como budismo, judaísmo, cristianismo, entre outras, sem que, no entanto, embora não tenha ligação oficial com nenhuma religião.

Qual o objetivo da constelação familiar?

O objetivo da Constelação Familiar é gerar felicidade. Nós só podemos alcançar a felicidade quando sentimo-nos livres de prisões afetivas, emocionais e psicológicas que nos prendem ao passado ou que nos fazem repetir os mesmos erros das pessoas de gerações passadas.

Geralmente, as mais profundas questões que nos acompanham são reflexos de relacionamentos problemáticos com pai ou mãe e, portanto, ao compreender e aceitar certos comportamentos, bem como ao tomar a decisão de perdoar, percebemos nosso caminho livre para seguir nossa vida sem aprisionamento com a história passada que já não pode ser mudada.

Para alcançar tal resultado, a Constelação Familiar baseia-se em três leis: a do Pertencimento, da Ordem e do Equilíbrio. A seguir, exploraremos cada uma delas: 

As leis da constelação familiar

Para a Constelação, os relacionamentos são baseados em três conceitos que atuam consciente e inconscientemente na vida de todos. Ao infringir tais leis, geramos dores, problemas, frustrações, sofrimentos e conflitos.

A Lei do Pertencimento

Todo membro da família pertence ao sistema e, por isso, precisa ter o seu lugar respeitado e garantido. Quando alguém é privado desse pertencimento, geralmente experimenta situações negativas na vida adulta. É o caso, por exemplo, de filhos rejeitados pelos pais e que desenvolvem vícios de drogas ou alcoolismo. 

A Lei da Ordem

Existe uma ordem no seio familiar e que, ao ser desrespeitada, também gera desequilíbrio. Por exemplo: o pai tem sua função na família, que passa pela provisão financeira e, também, de liderança na tomada de decisões. Quando ele não cumpre este papel, é natural que haja desequilíbrio, e filhos cresçam inseguros e sem firmeza para enfrentar desafios, por exemplo.

A Lei do Equilíbrio

Por último, temos a Lei do Equilíbrio, que diz que cada membro da família deve viver em pé de igualdade de importância com os demais membros do sistema.

Embora cada um tenha seu papel, como exposto na Lei da Ordem, ninguém pode ser visto como mais importante. Relacionamentos onde o esposo sente-se maior que a esposa, por exemplo, resulta em relacionamentos dramáticos e traumatizantes para os filhos.

No vídeo a seguir, separamos alguns dos depoimentos de pessoas que já passaram por atendimento junto ao Instituto EMSI – Desenvolvimento Humano, confira: