Ser mãe não é esse conto de fadas que alguns pretendem pintar por aí. Mas, ao mesmo tempo, não é uma tragédia como certos grupos encaram. Além das questões afetivas, a mãe exerce um papel fundamental na formação integral dos filhos, o que engloba diversas dimensões como a biológica, emocional e mental.
Neste post, vamos investigar o papel da mãe na Constelação Familiar, e compreender como as ações de uma mãe influenciam o modo como os filhos vivem e enfrentam a vida. Se você é um filho e deseja fluir para uma vida leve e produtiva, se liberando de conexões que te aprisionam, ou é uma mãe desejando reorientar seu comportamento para proporcionar felicidade para seu filho, este post é para você.
O papel da mãe no desenvolvimento dos filhos
Antes de entrar no assunto da Constelação Familiar propriamente dito, é relevante aprofundarmos em como os filhos são influenciados em seu desenvolvimento por suas mães. Para isso, recorreremos aos grandes pensadores e correntes filosóficas e pedagógicas da história.
O primeiro papel de influência pode ser entendido sob a perspectiva da psicologia, que desenha as principais fases de desenvolvimento da personalidade da criança e aponta quais estímulos são mais influentes em cada uma dessas fases.
Até o primeiro ano de idade, por exemplo, a criança passa pela fase fase de muito contato físico. A mãe cuida, protege e atende suas necessidades com a amamentação.
A partir do primeiro ano de idade e indo até o terceiro, a criança passa pelo aprendizado do controle das necessidades corporais. A mãe deve ajudar a criança na realização e independência.
Entre os 3 e 6 anos de idade, as crianças passam a encarar as diferenças entre meninos e meninas. A mãe pode ajudá-las a lidar de forma positiva com essas diferenças. Entre os 6 e 11 anos, no entanto, o foco da criança passa a estar nos relacionamentos. A mãe deve ser uma facilitadora no desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação e de autoconfiança.
O “pertencimento” da mãe dentro da Constelação Familiar
A mãe por muitas vezes exerce um papel preponderante na formação familiar, trabalhando para que todos se sintam pertencentes ao sistema. Ela é a figura aglutinadora, capaz de superar diferenças em nome da união e harmonia familiar.
Ela tem, portanto, um papel essencial dentro do sistema, pois é a célula que garante que todos os membros estejam integrados. Problemas começam a acontecer quando essa ordem é desrespeitada. Quando o papel do pai não é reconhecido, quando outros membros passam a fazer parte do sistema com o nascimento de irmãos por exemplo. A criança pode sentir como se tivesse perdido o seu lugar.
Esta sensação pode levar a sentimentos de carência e não pertencimento.
Quando a mãe precisa se ausentar, independente do motivo, a criança sente a ausência, mesmo quando recebe muito carinho. A interpretação de que foi abandonada e os sentimentos decorrentes desta situação podem acompanhar esta criança até a vida adulta, contribuindo para também sentir-se carente na vida adulta. Como se as oportunidades não chegassem a ela. Existe a cobrança pelo que a vida lhe dá.
Reconhecer, como adulto, que a mãe deu o que pode e liberar os sentimentos infantis que foram programados é o caminho para reconstruir a conexão interrompida.
Minha mãe é um ser humano com talentos e limitações. Ela fez o que era possível naquele momento. Eu recebo a vida e assim sou responsável como adulto pelos meus resultados.
Mãe e vida
O papel da mãe dentro do sistema familiar está intimamente ligado à vida. Isso se dá, em primeiro lugar, no ato de perpetuar a vida junto ao pai. O nascimento do filho é a coroação da tarefa mais linda de uma mãe: a de gerar.
O relacionamento com a mãe, portanto, é um elemento essencial para vivermos com aceitação de tudo aquilo que a vida nos dá e como responsáveis para buscar por aquilo que desejamos, servindo a vida, assim como nossa mãe nos serviu.
Mãe e vida profissional
Bert Hellinger já declarava: “Aquele que não tem êxito com a mãe, também não encontrará êxito na profissão!”. Essa frase reflete um conceito muito difundido na Constelação Familiar, que relaciona o relacionamento entre filhos e mãe com a vida profissional.
Isso se dá porque a mãe está ligada ao primeiro ato de sucesso da vida: o nascimento. O modo como nascemos demonstra a força com que vamos para a vida. O segundo sucesso da nossa vida também está ligado à mãe, que é exatamente o encontro com ela após o nascimento. Aqui, existem diversos significados escondidos e ligados à nutrição, segurança e ao acolhimento.
O leite materno é o símbolo por excelência desse processo: ao tomar o leite é como se o filho recebesse toda a vida de sua mãe, como uma decisão e uma ação.
Problemas no relacionamento com a mãe influenciam, portanto, a forma como encaramos a vida e o sucesso, o que inclui sobretudo a dimensão profissional. Vidas profissionais travadas podem ser um sintoma de relacionamentos problemáticos com a mãe. Para isso, o remédio é a gratidão:
Eu agradeço a minha mãe e ao meu pai. Deste encontro eu recebi a vida.
Minha mãe me gerou e assim me serviu.
Com a vida que recebi eu também posso servir.
Reconhecimento e equilíbrio
Para restaurar aquilo que está desordenado na vida profissional devido ao mal relacionamento entre mães e filhos, o caminho é restabelecer o equilíbrio por meio do reconhecimento.
O desequilíbrio ocorre quando não há igualdade entre os membros do sistema. Cada membro deve ter o seu papel.
Reconhecer o lugar e importância e manifestar gratidão é o método para estabelecer harmonia. Se você deseja isso, pode repetir as seguintes frases:
Eu tomo o meu lugar no sistema. O lugar que recebi. Tenho meu pai e minha mãe dentro de mim. Com gratidão eu assumo o meu destino.
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